segunda-feira, outubro 23, 2006

Maravilhas da modernidade: Mini aspirador de pó.

Eu tenho um mini aspirador de pó. Daqueles de mão sabe? Fantástico.

Meu amigo, minha amiga, se você é maior de idade, emancipado, mora sozinho, tem mania de limpeza e enlouquece porque a poeria do seu apartamento vence você, compre um mini aspirador.

Primeiro porque ele parece uma arma. Você pode ameaçar a poeira. Coagí-la. Ofendê-la antes de sumariamente dar cabo nela.

- Morra poeira, morra.

Eu mesmo agora fico com o controle remoto numa mão e o aspirador na outra. Se eu vejo uma poeirinha “vupt”. Outra poeirinha “vupt”. Vem aqui poeirinha “Vupt”.

Estou no comando.

Sabe aquela sujeirinha que te deixa sem saber o que fazer? Sabe? Aquela merdinha que gruda na vassoura, ou que você não consegue colocar pra cima da pá de lixo, ou que tá num cantinho do rodapé?

“vuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuupt”

Ela vai pra outra dimensão. Vai para um inferno das sujeiras ou coisa do tipo. Mas de vez enquando é bom limpar o Cão lazarento se não podem realmente surgir labaredas na sua mão enquanto você faz o juízo final na sua sala.

Bom, de qualquer maneira, eu recomendo. Para manter a limpeza em dia. E o sadismo também.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Pergunte-me como.

Caro Schummi,

Seus problemas acabaram. Eu tenho a solução pra você ser octa-campeão mundial. Você quer, não quer? Encerrar com chave de ouro, ser campeão aqui no Brasil na sua última corrida, ficar ainda mais inalcançável?

Bom, eu nunca fui muito com a sua cara, sabe. Essa cara quadrada e sem graça que você tem. Mas, como uma amiga muito querida, uma verdadeira fada madrinha vai me colocar nas arquibancadas de Interlagos pelo segundo ano consecutivo (se antes já era foda de agradecer, agora então eu vou ter que usar helicópteros e alto-falantes) e essa corrida vai ser histórica, resolvi te ajudar.

O negócio é o seguinte: ganha a corrida que eu garanto que o Alonso quebra. Garantido mesmo. Eu afirmo com a mais absoluta certeza que faço o carro do espanhol desmontar antes da segunda volta.

Como?

Vou mandar a Jô, minha empregada, fazer faxina nos boxes da Renault.

- Olha seu Alonso, eu nunca quebrei nem um copo. Pode perguntar pro Seu Rodolfo. Ah, se eu tivesse quebrado eu falava, não fui eu não. Ô seu Alonso, será que eu posso usar seu telefone um minutinho? É que a minha vizinha ficou tomando conta do cachorro da minha tia e eu preciso saber se tá tudo bem...

Schummi, show me the money e o campeonato será seu.

Cordialmente, Gastón.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Momentos inconfessáveis: show do Lulu Santos

Ganhei ingressos pro show do Lulu Santos. Ok, ok, pode jogar tomate... Ir no show do Lulu Santos é uma coisa que não se confessa nem pra própria mãe...

Aliás, nem a mãe do Lulu Santos sabe quando tem show dele.

Mas desafio qualquer um nos litorais desse oceano atlântico a encontrar um cidadão brasileiro que não saiba cantar pelo menos 5 músicas do sujeito. Vai ter sucesso assim lá na...

Esse já é o terceiro show dele que eu assisto. O Primeiro foi na praia, obviamente de graça, quando eu era moleque. O segundo foi num Hollywood Rock enquanto esperava pra ver o Living Colour e engrossava o coro de “Lulu, vai tomar no...”

E o terceiro foi agora, com um convite cortesia. Fui catolicamente acompanhado de uma amiga. Amiga gata, pra valorizar meu passe.

Mas eu gosto das musicas do Lulu Santos. São trilha sonora da minha geração e, confesso, já me fizeram ganhar algumas menininhas tocando violão na época que eu ainda tinha franja. Pois é esse cara tem estrada...

O Lulu continua o mesmo. Só tá cada dia mais parecido com o Clodovil.

Mas o que chamou à atenção mesmo durante o show (fora uma loira desacompanhada espetacular que eu vi dançando nas proximidades) foi uma legítima símea de auditório que ao fim de cada música gritava:

- Lulu, eu ainda te amo!
- Lulu, eu amo você!
- Lulu, lindo!
- Lulu, estourou uma veia na minha testa porque eu gritei de mais!

Eu tenho VPP (VPP – Vergonha Pela Pessoa, termo cunhado e registrado por um amigo sempre pronto a solucionar problemas semânticos com siglas pertinentes).

Ela esperava bem aquele momento de 10 segundos de silêncio entre uma música e outra pra berrar.

Tava vendo a hora que alguém ia passar de cipó em cima da minha cabeça e se jogar em cima do palco.

Mulher macaca de auditório é fim de carreira. E o pior dos piores é a Macaca de auditório cega. O cara rebola, desmunheca, faz cobrinha, tá todo de rosa... e ela lá toda cheia de amor pra dar.

Vai lá minha filha, vai lá fazer o cara largar o Tião por sua causa vai...

terça-feira, outubro 17, 2006

Aí o bicho pega

Dentro das minhas ousadias de férias, das minhas afrontas ao sistema, dos meus desafios aos paradigmas, resolvi exercer o mais audacioso plano para uma tarde de terça-feira útil: fui sozinho ao cinema assistir um desenho animado. E durmam com essa: fui a pé!

Ok, o cinema fica há 3 quadras daqui de casa. E na verdade eu fui a pé porque estou na minha fase muquirana e considerei uma afronta pagar 4 reais de estacionamento pra parar num lugar de onde eu vejo a sacada do meu apartamento.

Por falar em muquirana... paguei 6 reias de entrada. Matinê com carteirinha de estudante.

Por falar em muquirana novamente, faz tempo que o cineminha deixou de ser o programa de quem tava meio duro e sem opção nessa cidade. Eu, em uma outra encarnação, até já abordei esse assunto. Mas toda vez que eu volto no cinema, o preço das coisas me revolta.

Dentro de todo o meu espírito guerreiro de hoje a tarde, estava nos planos comprar um saco de pipoca e um refrigerante médio. Só pra completar o mis-en-céne todo. Pra falar: “fui no cinema comi pipoca e tomei um refri”. Tem bem mais efeito moral.

Chegando na frente do balcão, tinha uma família se equipando de combos, canudos e guardanapos. Sabe quanto o cara desembolsou? A bagatela de 46 cru-cru. Fazendo minhas famosas continhas básicas, se ele e a mulher pagaram entrada inteira e os dois fihos pagaram meia, morreu 82 reais no “cineminha”.

Aí chegou a vez do revoltadinho aqui comprar.

- Me vê uma água.

Comprei só uma água. E nem falei obrigado. O obrigado tá inclusos nos 3, 20 que eu paguei. Aliás, eu já fiquei suficientemente empipocado de raiva...

Pois quando eu crescer quero ser pipoqueiro. Porque um saquinho de pipoca pequeno no UCI custa 7 reais.

Com 7 reais você compra, nada mais, nada menos do que 2 kilos de milho de pipoca. Se eu estourar 2 kilos de milho de pipoca na minha casa, vai ter uma cascata de pipoca caindo da janela do 13 andar durante uns 15 minutos.

Ok, acabou a sessão canguinha. Eu inclusive já abri a mão pra poder digitar esse post.

Dentro da sala uma meia dúzia de mães e avós com 2 ou três pequenos a tira colo. E eu, um cara com a barba por fazer com uma garrafinha d’água na mão.

O filme é ruim. Assisti “O Bicho vai pegar”. Um dejavú de filmes infantis cheio de formulas misturadas. Um urso que poderia ser o Shrek, um alce que poderia ser o burro e por aí vai. E, pra variar, só eu ria com as piadas da história.
E, pra variar também , tinha uma vovó daquelas com voz de efizema pulmonar que falava mais que o neto dela. Ou era efizema ou enroscou uma casquinha de pipoca na garganta dela. Ô véia faladeira, tava na sala da casa dela...

No fim das contas valeu mais pela experiência do que pelo filme ou qualquer outra coisa.

Na volta eu comprei um saco de pipoca no carrefour. Se em outra oportunidade eu queria entrar no cinemark com um galão de 20 litros d'água e sair distribuindo em copinhos de plástico como forma de protesto, dessa vez resolvi capitalizar: pensei em fazer a pipoca e vender na porta do cinema.

- Olha a salgada e doce...

segunda-feira, outubro 16, 2006

O homem que nunca tirou férias.

Sou eu. Sério, nunca tirei férias. Claro, to falando em férias de trabalho. Bons tempos aqueles da escola ou do comecinho da faculdade... um, dois meses em casa de papo pro ar, viajando...

Pois hoje foi o primeiro dia de férias de trabalho da minha vida. Daquelas que você sai, recebe salário, recebe 1/3 do salário e fica entrando no messenger pra fazer inveja pros coleguinhas que ficaram trabalhando em dobro porque você não tá lá.

Merecido. Não os coleguinhas, as férias.

E quando eu falo que vou tirar férias todo mundo pergunta: pra onde você vai?

E eu respondo: pra lugar nenhum.

Aí ficam me olhando com aquela cara de consternados, pensando assim: puxa, que looser, vai ficar em São Paulo... e tentam me animar: putz, maior bonzão ficar em casa de pijama o dia inteiro...

Óbvio que eu prefiro ir pra Nova Yorque. Mas já que a grana tá curta e eu solteiro, não vou gastar um dinheiro que eu não tenho numa viagem que não tem ninguém pra conversar.

Assim eu coloco a conta do banco no azul (cor que meu saldo guarda vaga lembrança) e fico desfrutando dos vários entretenimentos presentes na minha própria casa.

Uau.

Nesse primeiro dia eu assisti televisão, joguei Playstation2, fiquei no messenger perturbando a vida alheia, li, dormi depois do almoço, cozinhei, e resolvi postar já que meu blog tá com teia de aranha.

Tô ensaiando pra ir na academia e na piscina do prédio. Por enquanto o mau tempo barrou a piscina e a preguiça cancelou a academia.

Pois é. Mas pra não criar raízes no pijama o negócio mesmo é viajar em São Paulo. Ir na Bienal, na Pinacoteca, na 25 de março, na mostra internacional de cinema, etc...

Alguém se habilita?

Usa aí o vale-doença o trabalho e vem jogar uma partida de Harry Potter comigo no Playstation. Eu deixo você jogar com o Harry.

 
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